TAXA DE FELICIDADE
O propósito da vida de todos nós é a felicidade, é dar significado àquilo que fazemos, à nossa luta cotidiana, é fazer de nossa vida algo que faça sentido. No entanto, cada vez mais nos deparamos com a insatisfação, a depressão, a tristeza, a falta desse sentido.
Tenho insistido no tema felicidade, pois acredito que ela seja determinada pelo nosso estado mental, muito mais do que por acontecimentos externos. Se pararmos para observar e refletir, perceberemos que algumas pessoas são absolutamente refratárias com relação à vida, mesmo que tenham conseguido tudo aquilo que nossa sociedade considera importante para a construção de nossa felicidade, enquanto outras, que pouco possuem, pelo menos no que diz
respeito ao que a grande maioria considera fundamental para sermos felizes, sentem-se repletas de vida. Ou seja, a felicidade é muito mais determinada por um estado interno, do que por acontecimentos externos.
O que percebo é que pessoas felizes são mais abertas, mais amorosas, têm disposição para ajudar os outros, enquanto as infelizes são rancorosas, fechadas e mal-humoradas. Volto a insistir que podemos buscar a felicidade como um objetivo real e concreto. A ciência já comprova que todos nós nascemos com uma "taxa" de felicidade.
Um fator biológico medidor de felicidade em nosso cérebro, que nos acompanha desde nosso nascimento. Mas alguns psicólogos garantem que podemos aumentá-la. É exatamente no que acredito, pois a felicidade, na verdade, tem a ver com a forma que encaramos a vida, com o nível de satisfação que sentimos por estarmos vivos e pela nossa capacidade de sentir prazer. Estar em contato com aquilo que conquistamos é muito mais interessante do que estar focado em nossas faltas.
O estado mental é tudo. Mesmo que nossa saúde seja frágil, mesmo que estejamos sem trabalho, dinheiro ou amor, se nossa atitude mental é positiva, calma e tranqüila, podemos passar por todas essas dificuldades num estado médio de felicidade. Não é o jogo da Poliana, é a disciplina interior que nos traz serenidade mental. Existem dois tipos básicos de pessoas: as com orientação interna e as com orientação externa. As pessoas com orientação interna possuem um valor mais elevado de si mesmas, pois estão mais em contato com aquilo que denominamos Self ou Alma.
Pessoas com uma vida interna rica, têm uma sensação de si mesmas mais forte, mais profunda. Seu comportamento não costuma ser influenciado por modismos ou tendências externas. Costumam ser estáveis, pois têm uma ordem construída a partir de valores internos. São independentes, têm os pés no chão, sabem onde estão pisando. Ao contrário, pessoas com orientação externa mostram tendências à dependência e têm grande facilidade para cair em depressão, que é um dos grandes males do mundo moderno.
O fator preponderante que difere esses dois tipos de pessoas é a fé. Pessoas com orientação interior colocam sua fé em si mesmas, na construção e realização de seus objetivos, no decurso natural da vida. As com orientação exterior colocam sua tênue fé em algo fora de si mesmas, e dessa forma, vivem constantes decepções. Normalmente, a pessoa com tendência à depressão vê a vida e a si mesma de forma irreal, sendo assim, seus objetivos têm uma tendência ainda infantil de realização.
A pessoa que entra em depressão perdeu a fé, pois a fé se baseia no sentir. Quando nos sentimos vivos, toda sorte de emoções passa por nós, num maravilhoso e vivo pulsar! Quanto mais sentimos, mais vivos estamos, nosso corpo pulsa e nossa fé é revigorada. A pessoa deprimida, não consegue pulsar, não sente nada, nada faz sentido, perdeu sua fé, e como uma bola de neve, represa todas as suas emoções.
Sinceramente acredito, e isso pode soar como egoísmo para algumas pessoas, que nosso primeiro interesse deve ser a busca de nosso próprio bem-estar através do autoconhecimento profundo e da autopercepção, pois se cada um de nós aprender a cuidar de si mesmo, conseqüentemente saberá cuidar de seu próximo e de seu meio-ambiente. Somente desenvolvendo segurança pessoal e auto-estima, podemos nos tornar verdadeiramente humanos. Devemos assumir a responsabilidade por nós mesmos, por nossas escolhas, nosso caminho. E devemos também desenvolver nossa fé. Fé e responsabilidade.
Quando uma pessoa entra em depressão, ela perdeu a fé em si mesma. Direcionou sua energia para a realização de um sonho impossível, que não estava de acordo consigo, com seu self, sua alma. Mas a depressão não é de toda má. Ela é a forma que a pessoa organizou para sua própria recuperação. Ela entra em colapso, volta a um estado infantil, e com a ajuda de um profissional e de seu próprio curador interno, se recupera. Nesse processo, há uma reorientação para sua alma, sua independência, entra em contato com sentimentos muito profundos e acaba por restaurar sua fé individual. E assim pode aprender a ser uma pessoa orientada para seu interior.
Sem percorrer o caminho que nos leva ao nosso interior, não chegamos a um estado de paz e felicidade, por melhor que sejam as condições externas. Quando conseguimos atingir esse estado de graça, que vem de dentro para fora, conseguimos enxergar e viver momentos de felicidade e de paz.
Dica:
Quando se sentir triste ou desanimado, respire profundamente e comece a movimentar seu corpo aleatoriamente. Feche os olhos, deixe o corpo cair suavemente sobre suas pernas, como se ele tivesse um amortecedor e deixe que ele vibre da forma mais natural que conseguir. Deixe-se vibrar, solte-se, se puder, coloque uma música no ritmo que mais gostar e dance, sem pensar em técnicas, solte-se, vibre, suspire, grite se quiser, cante, VIBRE!!!!!!