segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Perdoar é assumir a responsabilidade pelo que você sente

"O perdão é uma escolha. É recuperar seu poder, é assumir a responsabilidade pelo que você sente"

Aquele que perdoa e não guarda rancores em seu interior, experimenta despreocupação e a leveza da alegria.

A capacidade de perdoar não acontece facilmente ou rapidamente. É uma virtude que precisa se cultivada por muito tempo. Você precisa ter muita força interior que vem da sabedoria e do amor de seu coração.

A oração, a contemplação e a meditação purificam o coração e a mente e auxiliam a sentir o perdão.

O perdão é um ato do coração e faz você experimentar o amor de seu próprio interior. Ele libera a dor, o ressentimento que você carregou como um fardo que feria a você mesmo e aos outros. Você deixa de ser vítima de quem lhe prejudicou.

Torna-se mais fácil perdoar quando você não multiplica as ofensas, não guarda mágoas e nem permite que a dor cresça em seu coração se relembrando do que lhe fizeram ou do que aconteceu.

É difícil perdoar quando você reage agindo da mesma maneira, revidando as provocações, as afrontas e magoando também a outra pessoa.

É preciso se lembrar que tudo que você pensa, fala e faz cria seu próprio mundo. Desse modo, ao criar dor para a alguém você está criando sofrimento e inquietude para si mesmo.

Quando uma pessoa nutre pensamentos rancorosos, esses pensamentos tendem a se acumular gerando tensões, insônia, agitação, destruindo sua própria paz mental.

A raiva e o ódio são emoções que tendem a se agravar e a crescer se deixados sem controle. São nossos verdadeiros inimigos.

Você pode até achar que sente aliviado ao responder da mesma maneira, mas você se esquece que está gerando sofrimento para si mesmo. Você não percebe que essas emoções destrutivas queimam você por dentro, tiram sua paz e alegria.

Para superar essas emoções destrutivas, você precisa cultivar a paciência e a tolerância.

Como diz Dalai Lama, no livro A Arte da Felicidade: "um produto da paciência e da tolerância, é o perdão. Quando somos realmente pacientes e tolerantes, o perdão surge espontaneamente".

O perdão é uma escolha. É recuperar seu poder, é assumir a responsabilidade pelo que você sente.

O perdão é para sua própria cura porque você não gasta energia desnecessária sentindo raiva e sofrimento em relação a coisas sobre as quais você não pode mais mudar e não têm poder.

Muitas pessoas não entendem que quem perdoa é o mais beneficiado e teimam em afirmar que o outro não merece seu perdão. Mas, agindo assim, elas estão apenas criando uma montanha de dor para elas mesmas.

Analise os acontecimentos negativos no passado e reconheça que passado é passado e que nada vai mudar esses acontecimentos. Perceba que não adianta guardar ressentimentos, pois isto apenas perturba sua mente criando infelicidade para você.

Perdoar não é esquecer algo doloroso que aconteceu. Perdoar e esquecer são coisas diferentes. Você pode até se lembrar desses acontecimentos, mas o importante é abandonar os sentimentos negativos relacionados a esses acontecimentos. Ao perdoar você não fica preso ao passado.

O perdão é a energia do amor que nos liberta.

Entenda o valor do perdão. Compreenda que perdoando você pode melhorar sua saúde física e mental. Você se liberta das amarras das mágoas e experimenta a leveza do coração.

Perdoando você está sendo gentil com você mesmo e reconhecendo a bondade de sua alma. Você experimenta tranquilidade da mente, sente entusiasmo e vive melhor seu momento presente.

Pessoas de difícil convívio em nossos relacionamentos nos ajudam a desenvolver todas estas virtudes: paciência, tolerância, perdão, compaixão e compreensão. São como termômetros para nós, pois através delas vamos nos autoconhecendo, descobrindo o quanto já evoluímos e o quanto ainda precisamos dissolver a raiva em nosso coração.

E entenda que para perdoar você não precisa conviver com a pessoa. O importante é orar sinceramente para que ela seja feliz. Tanto quem perdoa como quem é perdoado é beneficiado com o perdão.

Alimente a força do perdão. E experimente como essa virtude abençoada fortalece você e o ajuda a superar as dificuldades.

Lembre-se de Deus e sinta como o poder do perdão é uma verdadeira alquimia curando e transformando você. Fique em paz!

O Amor Universal e Incondicional

O Amor é o sentimento mais difícil de ser explicado. Porque não há palavras que o definam melhor.
É um sentimento tão intenso e poderoso, de tão elevadas vibrações, que praticamente impossibilita ao homem explicá-lo melhor, através de simples palavras.
Teoricamente, muito pouco temos a falar sobre o Amor.
Porque que o Amor é algo que se sente, que se pratica.
O Amor Universal é a manifestação de um Amor puro, infinito, imparcial e sem distinções.
O Amor Universal não faz distinção entre raças, cor, e credo religioso; não discrimina, não separa, não julga, não prefere, nem escolhe. Mas não é indiferente, tem compaixão, inspira o perdão, tem a sua própria razão, e assim como a Fé, é capaz de mover montanhas.
Como conseqüência, é também o ponto mais profundo que podemos atingir, uma vez que o Amor seja despertado em nós por alguma razão. É o ponto em que a visão de mundo se modifica, e tudo é visto como realmente é a Criação de Deus, em todo seu esplendor, em sua beleza e perfeição.
É o ponto em que tudo é visto com outros olhos e outros princípios, princípios estes ligados à Deus.
As razões de Deus são diferentes das razões dos homens. E por isso é que o coração tem razões que a própria razão (humana) desconhece.
Muito há que se falar ainda sobre o Amor.
Ah!, que sentimento maravilhoso! Como é bom podermos amar aos nossos semelhantes, fazer o bem a eles e vê-los felizes por conseqüência de nosso Amor Irradiado.
Como é bom sentirmos pulsar em nosso coração esta linda dádiva dentro de nós, e sabermos que todo o universo e a criação pulsam no mesmo ritmo...
Dia virá que todos os habitantes da Terra sentirão este Amor e o vivenciarão, em toda a sua plenitude.
Dia virá em que o Amor será a tônica geral de todos os habitantes da Terra. E este dia não tardará.
Enquanto estes tempos maravilhosos não chegam, podemos fazer nascer em nossos corações, desde já, este maravilhoso sentimento.
E para isso, precisamos eliminar os condicionamentos que existem dentro de nós. Os condicionamentos criados pelo ego humano. O ego é o elemento que procura atrair coisas para si.
Mas nós, como seres divinos e adeptos do Amor Fraterno, jamais devemos pensar somente em nós. Todos os seres, assim como nós, fazem parte de um TODO universal. Nós somos apenas parte deste todo.
Este todo é harmônico e equilibrado, nele a Paz e o Amor Absoluto reinam eternamente.
Se uma parte deste todo entrar em desarmonia com as outras partes, haverá um processo em cadeia. Imagine uma fatia de pão contaminado por um fungo. Inicialmente, apenas uma parte será afetada.
Mas, por conseqüência, todo o pão será afetado também. Se você faz parte de mim, e você está em desarmonia; eu também estarei, por conseqüência, em desarmonia.
Esta é a lei. Se no entanto, eu te amar de todo coração e lhe fizer somente o bem, receberei por conseqüência todo o Amor enviado em dobro. Em dobro porque o Amor Incondicional que os outros seres têm por mim, fazem uma parte.
A outra parte é a reciprocidade natural, das leis naturais, que se encarregam de fazer o bem a quem faz o bem.
Assim é a natureza, assim é o nosso universo.
E o Amor Incondicional? Este é o maior dos sentimentos, a nossa meta a ser alcançada. Uma vez que o Amor é Incondicional, ele será puro, por conseqüência.
Porque a única coisa que pode condicionar o Amor e obstruir a sua plena manifestação, é o ego.
Este é um elemento que deve ser trabalhado, e acima de tudo compreendido.
Nisto entra o auto-conhecimento, devemos inicialmente conhecer a nós mesmos. Se nós conhecermos a nós mesmos, despertaremos o Amor Próprio, o Amor pelo nosso próprio Ser.
Este é um Amor natural, divino, e desapegado da própria individualidade.
Quando este Amor nascer em nossas vidas, ele irá se refletir naturalmente no Amor ao próximo.
Nós sentiremos um Amor puro, que não quer coisas para nós, não quer afetos para nós, mas simplesmente quer o bem dos nossos semelhantes.
Este Amor Verdadeiro, cuja fonte e origem é apenas o nosso Criador, aquele que nada quer para si, mas quer o bem de todos os seus Filhos, incondicionalmente.
Amor Incondicional é aquele amor que não tem preço, que não escolhe condições para Ser e Existir em relação a alguém.
Este sentimento maravilhoso esta expressado através desta pequena poesia, que nos serve como oração no dia a dia.

O desafio da aceitação

Um dos maiores equívocos que cometemos no que se refere aos relacionamentos, especialmente aos afetivos, é acreditar plenamente que vamos conseguir mudar o outro.

No começo, quando estamos tomados pela paixão, ele nos parece o ser mais perfeito e encantador do mundo. Entretanto, conforme o tempo passa e passamos a conhecê-lo melhor, vamos percebendo seus defeitos e suas limitações.
Mas, esta constatação, por ser contrária ao sonho e à fantasia que acalentamos, se torna difícil de ser aceita. Então, criamos em nós uma ilusão, a de que nosso amor será capaz de transformá-lo de maneira definitiva.

Agarramo-nos a esta crença porque ela nos é muito confortável. E, ainda que o outro nos envie sinais suficientes para percebermos que a mudança não acontecerá, insistimos em permanecer cegos, até que finalmente se torne impossível para nós suportar a realidade da desilusão.
Aí, passamos a culpá-lo por nos ter decepcionado e traído nossas esperanças. Ocorre que não podemos nem devemos esperar que alguém mude, simplesmente motivado pelo nosso desejo.

Querer que o outro se amolde ao modelo que criamos em nossa imaginação, é uma atitude irreal, que acaba sempre gerando sofrimento. Enquanto permanecemos nessa tentativa, o tempo passa e um dia percebemos quanta energia gastamos nessa tentativa vã.

Aceitar nossa própria imperfeição é o primeiro passo para que abandonemos o sonho de encontrá-la no outro. Sem isto, continuaremos presas fáceis da decepção, pois nenhum relacionamento será capaz de preencher nossas expectativas.



Nova atitude diante da vida

Mesmo que vivendo no nosso "velho mundo", sentindo-o e experimentando-o com as mesmas reações negativas, as mesmas resistências e os tão conhecidos medos, podemos mudar a nossa realidade física, apenas assumindo uma nova atitude diante da vida. Muitas vezes, pensamos que nossa vida mudará e nos trará a realização de nossos desejos, somente quando e se mudarmos radicalmente internamente e, principalmente, quando o mundo à nossa volta, conforme o percebemos, dentro de nossa limitada e distorcida percepção, estiver totalmente diferente e adequado às nossas necessidades, favorecendo plenamente nossas intenções, atitudes, ações e pensamentos.

Acreditamos que só teremos possibilidades de conquistas e realizações se tudo mudar plenamente, tanto interna quanto externamente. Claro que é preciso que busquemos nos conhecer de verdade e tentemos modificar nossa realidade interna, mas isto não quer dizer que precisamos mudar radicalmente para só, então, conseguirmos nos realizar. Esta crença está baseada no perfeccionismo e, se nos mantivermos presos a ela, ficaremos estagnados para o resto de nossas vidas.

Para conseguirmos realizar nossos anseios internos, deveremos sim procurar nos conhecer mais profundamente, para compreendermos o real motivo da existência de nossas amarras internas que nos impedem de avançarmos. Este autoconhecimento, com aceitação e desejo (não é ação, mas simplesmente desejo) de mudanças, será suficiente para começarmos a agir de forma muito diferente da habitual. Mas esta forma diferente não será baseada na velha referência do que somos e vivemos até agora, mas sim, a partir de quem somos no momento presente. Esta é somente uma base para criarmos nossa nova atitude.

A nova atitude acontece a partir de uma atitude de aceitação daquilo que "ainda somos" - com toda a nossa negatividade interna, nossas ações, sentimentos e reações negativas - e do velho mundo à nossa volta. As mesmas coisas continuam nos acontecendo e continuamos presos dentro dos mesmos círculos viciosos; nada precisa mudar plenamente, para que possamos começar a mudar nossa realidade interna e externa verdadeiramente, a partir do novo.

Essa atitude de aceitação de quem somos, favorece para que possamos apenas e simplesmente nos entregarmos à criação do novo em nossa vida, com uma atitude de quem "nada sabe" e de quem percebe o conflito criado pelo o velho dentro de nós, que se assusta diante da nova proposta de mudança, com novas criações e possibilidades, e sobre as quais não temos nenhum controle, pois não temos nenhuma referência anterior - é novo de verdade - e desconhecemos até mesmo sua fonte. Aceitando que nada sabemos a respeito desse novo e respeitando o sinal de nosso coração que nos diz que devemos nos entregar e agarrar a chance, podemos arriscar e nos aventurar dentro desse mundo novo cheio de possibilidades, existência e criações.

Nessa entrega à aventura da nova vida, poderemos sentir uma sensação de grande desconforto interno, proveniente da manifestação do medo extremo de nosso Ego e de nosso eu inferior, por sentirem que estão perdendo o controle e o poder sobre nós. Caso isto ocorra, devemos aceitar integralmente e, mesmo que venhamos a nos sentir desagradável e assustadoramente mal, devemos ter a atitude de quem está consciente do motivo de tamanho desconforto e assumirmos a postura de quem está totalmente zerado de conhecimentos. É assumirmos uma postura de quem está diante de algo que nunca viu sobre o qual nada ouviu falar, que não tem a mínima idéia do que seja ou do que se faça com isso.

A atitude ideal é igual a de uma criança pura, ingênua e crédula, com olhar encantado diante de algo novo e belo, que só percebe o brilho do novo, o qual não faz a mínima idéia do que seja, mas que sabe e sente, em seu coração, que é algo bom, que nenhum mal lhe causará, que deseja ter para si e se abre para receber.

Apesar de nada saber sobre o novo, a criança o recebe sem nenhuma referência ou expectativa. Sua única expectativa é no sentido de ter prazer, ela só espera ter prazer, não está contaminada com crenças de que o novo é perigoso e lhe causará mal. Ela o recebe com pureza de coração, mesmo que seu mundo e suas referências de mundo, sejam os mesmos. É capaz de receber algo que lhe encanta o coração, mesmo que não saiba absolutamente nada a seu respeito e não saiba o que fazer nem como e quando usar. Nem sabe o que acontecerá quando começar a usar. Ela simplesmente se encanta, deseja, pede e recebe. Ela acredita. Após receber, parte para exploração daquilo que a vida lhe ofereceu, parte para a divina descoberta, sem pensar se está certa ou errada na maneira de usar, simplesmente se aventura.

A cada descoberta obtém um novo resultado e se surpreende. Algumas vezes, alguns resultados poderão causar-lhe medo, mas ela somente se afasta um pouco e observa. Quando percebe que nenhum mal lhe causou, volta novamente à exploração para descoberta de novas possibilidades de uso, de recursos e novos e excelentes resultados. Ela é corajosa e não se deixa intimidar e desistir apenas por que encontrou algumas dificuldades ao se aventurar no novo jeito de ser e fazer.

Nesta atitude, ela se torna cada vez mais sábia e descobre que esse novo presente divino, é uma fonte inesgotável de prazer e de possibilidades e recursos para criar o novo verdadeiro em sua vida, para que esta se torne satisfatória e condizente com suas necessidades e realidade.

Se esta criança, ao contrário, tomar a velha atitude de ficar receosa diante do novo, fugindo dos sinais favoráveis de seu coração e seguir a mente desconfiada que lhe diz: "hum, é bom e brilhante demais pra ser verdade... isso não é pra mim, é melhor recuar", ela perderá a chance divina de se realizar e ser feliz.

Então, quando você deixará o novo se apresentar em sua vida? E, quando ele se apresentar, que atitude irá tomar?

Seja autêntico. Seja sincero com você mesmo

Seja verdadeiro consigo mesmo. Não é preciso que você corrija ninguém no mundo. Não tente mudar os outros, nem lhes dar lições. Não seja autoritário e nem reformador. Se você mudar a si mesmo, será o bastante como mensagem para ser seguida.

Ser autêntico é ser sincero consigo mesmo.

Como conseguir isso?

Você precisa se autoconhecer, ouvir sua voz interior. Descobrir seus talentos e habilidades. Descubra o que gostaria de ser, qual profissão gostaria de exercer. Descubra seu guia interior que vai lhe ajudar a seguir com segurança na sua caminhada na Terra.

Por exemplo, não pode decidir ser engenheiro ou médico apenas por que alguém disse o que você dever ser. Você precisa descobrir quais são suas vocações e aptidões.

Você pode seguir várias orientações dos seus pais, dos professores, pois geralmente eles têm boas experiências e sabedoria. E, muitas vezes, você pode renunciar a muitas coisas, mas não renuncie ao que for essencial para você.

Quando fizer o que gosta, ouvir sua voz interior, terá sucesso e realização profissional. Você se sentirá valorizado, útil e necessário para o mundo.

Acredite no amor. Não se torne frustrado tendo relacionamentos ou se casando com quem não quer. Escolha quem vai compartilhar de sua vida, ouvindo a voz do coração e da razão.

Como ouvir sua voz interior?

É preciso purificar a mente. Sem acalmar a turbulência da mente, a inquietação e ansiedade, você ouve apenas a mente negativa e não tem contato com seu Ser interior, fonte de toda sabedoria, amor e criatividade.

A meditação existe para ouvir a voz interior. Assim, se você deseja ser mais realizado e feliz,crie o hábito regular de meditar.

Outro ensinamento importante é não usar máscaras do ego para fingir o que você está sentindo. Se estiver triste, não precisa ficar sorrindo, fingindo que está alegre. Se estiver alegre, não precisa se sentir culpado porque os outros estão tristes. Seja verdadeiro com você mesmo e com os outros.

Tudo passa. Às vezes, você está sofrendo alguma dor física ou emocional, mas depois você melhora. Não alimente a tristeza criando estados depressivos, mas permita ser sincero consigo mesmo.

Se fingir o que está sentindo, você vai se dividir em dois – uma parte menor de você está sorrindo, e a parte principal continuará triste. E, depois, até sozinho, você continua fingindo porque isso vai se tornando um hábito automático e arraigado.

Aprenda a dizer sim quando quer dizer sim e, diga não quando quer dizer não. Se sempre fizer o que não quer apenas para agradar os outros ou viver o papel de “o bonzinho”, você vai sentindo raiva e reprimindo-a. E, depois, acaba explodindo e magoando as pessoas, mesmo sem querer, porque engoliu sapo e reprimiu emoções negativas. Isso cria disfunções e bloqueios no mecanismo do seu corpo.

Não reprima a raiva. Libere isso. Se sentir vontade de chorar, chore. É um mecanismo natural para liberar os bloqueios do corpo. Quando uma vez ou outra, você deixa as lágrimas correrem, quando realmente chora, seus olhos se limpam, você se purifica e se revigora, porque as energias bloqueadas e as emoções reprimidas são liberadas.

Alguns homens desenvolveram a noção errada de que não devem chorar. Quando crianças, ouviram de alguém ou até dos pais, que era fraqueza ou coisa de mulher chorar.

Mas, isso é um equivoco. Pois, se fosse apenas para as mulheres, os homens não teriam também glândulas lacrimais, na mesma proporção que existem nas mulheres.

Se você chorar sinceramente, quando sentir vontade, você também conseguirá rir, porque essa é a outra polaridade do ser humano. Permita-se dar risadas. Seja você mesmo, liberando suas máscaras e autoimagem negativa.

A pessoa que reprime a raiva fica com a mandíbula bloqueada. Isso gera até problemas dentários, porque muita energia negativa fica acumulada nos dentes. A pessoa com raiva come mais, fuma mais, torna-se um falante obsessivo, porque a mandíbula fica bloqueada .

E, como a mandíbula precisa de exercício para que um pouco dessa energia seja liberada, a pessoa alimenta vícios, engorda, fica nervosa, de mau humor. Tudo por causa da raiva acumulada.

Entenda que a raiva vem dos desejos insatisfeitos, da não aceitação do momento presente, do ego que não quer ser contrariado, do julgamento.

É humano sentir raiva, mas não alimente essa raiva. Deixa que ela venha e se vá. Não fique remoendo o que lhe causou raiva. Não fique se martirizando guardando mágoas, se lembrando do que lhe fizeram. Isso é inútil e vai apenas aumentar sua raiva e sofrimento.

É importante libertar-se da raiva, que é uma energia negativa poderosa que lhe impede de se conectar com sua verdadeira essência. Não desenvolva o hábito de não ser verdadeiro. Desenvolva mais tolerância com seus familiares, amigos e companheiros de trabalho. Aceite mais a si mesmo, os acontecimentos e as outras pessoas como são.

Outro ensinamento importante sobre a autenticidade: permaneça sempre no presente, porque as máscaras do ego, que são as falsidades internas, vêm tanto do passado quanto do futuro. O que passou, passou. Não se preocupe com isso e não carregue o passado como um fardo, pois isso não vai permitir que você seja autêntico em relação ao presente.

E o que não aconteceu ainda não aconteceu. Não se incomode sem necessidade com o futuro; do contrário você não será feliz no momento presente. Entender isso é vital.

Nem passado, nem futuro – o momento é tudo.

Cada momento tem sua característica peculiar, e nenhum momento precisa ser coerente com nenhum outro momento. A vida é um fluxo, é um rio que segue em frente mudando seus humores.

Assim, às vezes, você se sente triste. Não se julgue. Isso acontece. E depois você começa a sorrir de novo. Não se sinta culpado por se sentir triste ou por estar sorrindo. Simplesmente, seja verdadeiro consigo mesmo.

TER BONDADE

É muito natural que, em nossos primeiros passos na seara do bem, sintamo-nos decepcionados com a indiferença demonstrada por alguns indivíduos que nos rodeiam. Em nosso íntimo, guardamos secretamente o desejo de que o bem que praticamos seja reconhecido. Isso é algo perfeitamente compreensível.
Contudo, para que o nosso ânimo não fique à mercê da gratidão dos outros, é necessário que compreendamos o que é, verdadeiramente, agir com bondade.
Para que não nos entristeçamos com a incompreensão alheia, precisamos eliminar qualquer expectativa de reconhecimento pelas nossas ações. Esse é um trabalho psicológico delicado que exige um certo empenho.
É preciso que nos desliguemos daquilo que fizemos, por mais nobre que tenha sido a nossa ação.
Se não nos consideramos diferentes das outras pessoas porque fazemos o bem, quando a adversidade aparece, nós a enfrentamos sem reclames ou revoltas.
Se, no entanto, estamos constantemente a espera de recompensas pelo que julgamos ter feito de bom, cada vez que surge um problema, pensamos: "Eu faço tudo direito, isso não deveria estar acontecendo comigo".
Na prática, isto significa potencializar a dor, isto é, multiplicá-la pelo pseudo-valor que atribuímos a nós mesmos.
Não é exagero afirmar que, quanto maior for a pretensão de sermos bem tratados pelos nossos "méritos", maiores serão as frustrações, decepções e desilusões.
O estrago da queda é proporcional à altura em que acreditamos estar.
Se, ao contrário, não nos considerarmos merecedores de homenagens, reconhecimentos e elogios, estaremos bem mais preparados para tolerar e compreender a ingratidão, a indiferença e a desonestidade.
Não que mereçamos o mal em decorrência do que fazemos de bom. Não é isso. Simplesmente não nos afetaremos tanto com a maldade, ao ponto de pensarmos que o bem não vale a pena, se apenas formos bondosos pela bondade, honestos pela honestidade e generosos pela generosidade.
O verdadeiro bem é aquele praticado sem qualquer interesse, e unicamente por amor à Verdade.
Não há como negar que a ingratidão daqueles a quem ajudamos com sinceridade e carinho, abre feridas em nossos corações. Contudo, elas cicatrizarão mais rápido se compreendermos que aquilo que importa é a prática do bem, independentemente de quem tenha sido beneficiado por ela.
A nossa insistência em agirmos do melhor modo que pudermos, dar-nos-á a sabedoria necessária para não cairmos em novas armadilhas. Um dos atributos da bondade é a prudência.
Ela é presenteada por Deus ao justo, para que ele, sem perder a pureza, possa se defender dos aproveitadores e trapaceiros.
À medida que vamos progredindo moralmente, sentimos uma necessidade cada vez maior de melhorarmos a nós mesmos e de efetuarmos boas obras. O serviço aos outros torna-se um prazer.
A ação correta e a palavra honesta não são mais meios para se atingir o paraíso, mas sim partes desse paraíso, componentes fundamentais do nosso bem estar.
Quem ama o bem, não pode viver sem ele.
Quando pautamos de fato a nossa vida pelas virtudes, o sentido de estarmos vivos passa a ser o de sermos virtuosos.
Para quem ama servir, ser o servidor de todos é a maior satisfação que se pode ter. Não há outras além dessa.
O serviço a todos é o motivo maior da sua felicidade, e não a gratidão daqueles a quem serve.
Como diz uma frase de pára-choque de caminhão: "O bom não é ser importante; o importante é ser bom!".
Se os outros não compreendem a nossa vontade de ajudar ou não nos agradecem pelo auxílio que prestamos, isso não é razão para desanimarmos.
Ser bondoso não é ser considerado assim pelos outros, mas é seguir o chamamento espontâneo do próprio coração, que deposita toda sua esperança na oportunidade de prosseguir servindo sempre, e em nada além disso.
Ter bondade é ter a coragem de se dedicar integralmente ao bem, abrindo mão de toda recompensa...