terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Quase acreditei

Quase acreditei


Quase acreditei que

não era nada ao me tratarem como nada.
Quase acreditei que

não seria capaz quando não me chamavam,

por acharem que eu não era capaz.
Quase acreditei que

não sabia quando não me perguntavam

por acharem que eu não sabia.
Quase acreditei

ser diferente entre tantos iguais,

entre tantos capazes e sabidos,

entre tantos que eram chamados e escolhidos.
Quase acreditei

estar de fora quando me deixavam de fora porque...

Que falta fazia?
E, de quase acreditar, adoeci
Busquei ajuda com doutores, mestres,

magos e querubins.
Procurei a cura em toda parte e

ela estava tão perto de mim.
Me ensinaram a olhar para dentro de mim mesmo e

perceber que sou exatamente,

como os iguais que me faziam diferente.
E acreditei profundamente em mim.
E
tenho como dívida com a vida

fazer com que cada ser humano se perceba,

se ame, se admire,

como verdadeira fonte de riqueza.
Foi assim que cresci: acreditando!
Sou exatamente

do tamanho de todo ser humano.

E, por acreditar perdi o medo de dizer,

de falar, participar, e até de cometer enganos.
E, se errar?
Paciência.

Continuo vivendo por isso aprendendo.
Errar é humano!

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