Entender a vida em sua plenitude é algo bastante complexo, pois a enxergamos através da fresta de uma fechadura. No entanto, as pessoas racionais, cartesianas, querem entendê-la de uma forma lógica, racional como se ela fosse uma ciência exata.
Reconheço que eu era uma dessas pessoas, pois como psicólogo de formação, fui treinado na Universidade a buscar respostas lógicas para a causa dos problemas que afligem o ser humano, ajudando-o em seu processo de autoconhecimento e mudança interna.
Os anos de estudos acadêmicos me tornaram um ser humano mais sofisticado intelectualmente, porém, "emburreci" espiritualmente, pois assuntos ligados à espiritualidade, como reencarnação, vidas passadas, carma, evolução espiritual, plano espiritual de luz (astral superior) e das trevas (astral inferior), obsessão espiritual, mediunidade, comunicação com os espíritos, etc., não faziam parte da grade de ensino do curso de psicologia (aliás, ainda hoje).
Os professores justificavam que eram assuntos considerados de âmbito religioso, portanto, não científico, sem comprovação científica, pertinentes à religião.
Assim, me tornei um psicólogo "científico", "racional", "lógico", me sentia auto-suficiente. Após ter me especializado em psicanálise e análise transacional, desqualificava as crenças religiosas de meus pacientes, adotando uma postura de "apóstolo da ciência" que combatia as superstições, as fraquezas e a ignorância do ser humano.
Mas a vida me curvou, pois suas vicissitudes me levaram a entrar numa profunda crise existencial, obrigando-me a descer do pedestal e rever os meus pensamentos, crenças, valores e preconceitos.
Sabemos que a evolução humana se dá por dois caminhos: a dor ou amor e, como a maioria dos seres humanos, escolhi o caminho da dor.
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