"Na vida, ao contrário do xadrez, o jogo continua depois do xeque-mate".
Então, sempre é tempo de fazer mudanças, reparos, de tentar de novo, de se dar mais uma chance. Não importa em que setor da vida está meio emperrado. Estar parado por aí, bem pode ser um ponto de partida. Com tantas voltas que a vida dá - quem sabe na próxima rodada, você possa ir adiante.
Uma coisa impressionante no dia-a-dia de cada um é a capacidade de renovação que todo indivíduo tem. Pense um pouco na cicatrização da pele, por exemplo. Quantas e quantas vezes a pele das mãos sofreu algum tipo de abrasão, arranhão, queimadura, corte, entre mil outras coisinhas capazes de machucar, ferir ou magoar a pele fina do dorso de ambas as mãos?
O mesmo me parece que ocorre lá por dentro de todos nós. Não importa a raladura que a alma levou, ela vai acabar se refazendo, vida após vida que seja, mas com certeza, numa delas, ela irá se refazer. E se é possível realizar este trabalho de restauração minuciosa e delicada da alma, que dirá o bom trabalho que podemos fazer com os sentimentos e coma as frustrações vividas, que não são poucas para a pessoa humana no dia-a-dia.
Sei que é sofrido o caminho até encontrar o melhor remédio. Pode ser mesmo demorado para descobrir o remédio certo que melhore a dor, talvez ainda estejam pesquisando, fabricando aquele que servirá para esta sua dor.
Mas o tempo, ah, o tempo, fiel escudeiro... que tem nele a marca registrada dos que já tiveram feridas abertas e cicatrizadas por conta única e exclusiva dele.
Entretanto, o importante é saber que é de dentro para fora que se realizam as melhores cicatrizações. Então, se está esfolado, magoado, se dê um tempo, chore sua dor, lamba suas feridas, isso não é sinal de fraqueza ou de gente chata que quer ficar vivendo da dor; cada um sabe o tamanho do estrago que causou àquela determinada situação. Ninguém mais é capaz de avaliar com precisão o estrago que fez em outrem aquela dor.
O como cada um sente e reage à determinada circunstância dolorosa é muito particular. Pode, sim, quem está de fora, através da empatia, supor o que o outro está sentindo, mas com exatidão não dá...
Então, não permita que outros julgamentos puxem suas orelhas, faça com tranqüilidade e consciência a análise da própria dor. E não desista! Não se dê por vencido, esta dor um dia passa e o jogo há de continuar!
domingo, 24 de outubro de 2010
Não desista... Não se dê por vencido!
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